O empresário italiano Carlo Menichini, que vive em Abu Dhabi, tenta retomar as obras do edifício do Hotel Glória, no Rio de Janeiro. O Hotel Glória é primeiro hotel cinco estrelas do Brasil, construído em 1922, um ano antes do Copacabana Palace, e que hoje está abandonado.
O projeto de restauração do Hotel Glória foi interrompido em 2013, por causa de problemas financeiros do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, que era o proprietário do hotel.
O fundo Arabe Mubadala de Abu Dhabi, assumiu em 2016 o Hotel Glória do grupo EBX, mas por causa da recessão econômica que atingiu o Brasil nos últimos anos, o projeto de reestruturação do Hotel Glória ainda não foi iniciado.
Carlo Menichini é conhecido por ter participado, com a sua empresa AHTV, em alguns dos mais prestigiados projetos de construção realizados nos Emirados Árabes, sendo o último, o novo e ultra moderno museu do Louvre de Abu Dhabi, um projeto com o custo final de 600 milhões de dólares.
Menichini já realizou parcerias com o fundo árabe Mubadala. A sua empresa, AHTV, juntamente com o Mubadala healthcare, colaboraram para a realização da Cleveland Clinic em Abu Dhabi 2012-2015.
O empresário explica que a situação do projeto Hotel Glória é bastante complexa, especialmente porque o projeto foi interrompido por muitos anos: "é uma pena ver um edifício tão bonito e de prestígio perdendo suas características únicas e inigualáveis. Espero que o escrito na placa colocada fora do edifício, omni temporae praestans (excelente ao longo do tempo), possa acontecer".
O desejo de Carlo é transformar o antigo hotel em um prédio residencial, mantendo intacta a beleza e o estilo do edifício, em conformidade assim com o desejo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
No que diz respeito ao uso do edifício, a probabilidade de continuar sendo um hotel é muito pequena. De acordo com estudos realizados, um investimento em um novo Hotel Gloria, atualmente, não seria lucrativo. " Existem várias possibilidades sobre o destino do Hotel Glória, desde o uso do hotel até o uso residencial. Isso será uma decisão que a prefeitura do Rio terá que tomar”, disse Carlo Menichini.
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